Uma pergunta interessante, inquietante e polêmica. Se lançá-la em uma reunião de professores, teremos as mais diferentes respostas. Tanto para sim, quanto para o não.
Então, imagine uma cidade. Nesta cidade há energia elétrica, agências bancárias, correios, lojas e comércio, internet. Imagine cem mil habitantes. Imagine que metades dessas pessoas trabalham com cartões magnéticos.
Agora imagine esta mesma cidade sem internet por três dias. Sem a internet lojas podem perder até metade das vendas, já que a população está acostumada a comprar com o dinheiro virtual. Ainda temos os problemas dos pagamentos de contas: sem a internet caixas eletrônicos ficam sem sistema. Pagamos onde estes boletos, se tudo é online? Não retiramos dinheiro, pois não há sistema.
Pensemos a sala de aula na mesma forma: há várias atividades que podemos fazer sem o computador e a internet, mas não é uma ferramenta dispensável.
Professor da USP, Moram, diz: A tecnologia é tão-somente um "grande apoio", uma âncora, indispensável à embarcação, mas não é ela que a faz flutuar ou evita o naufrágio. "A Internet traz saídas e levanta problemas, como por exemplo, saber de que maneira gerenciar essa grande quantidade de informação com qualidade", insiste.
O professor de hoje, precisa adaptar-se a essa nova realidade. O oceano de informações que a Internet disponibiliza aos alunos obrigará os professores a se atualizar constantemente e a se preparar para lidar com as múltiplas interpretações da realidade. (Moran, Educacional).
O principal objetivo, defendido hoje, ao adaptar a Informática ao currículo escolar, está na utilização do computador como instrumento de apoio às matérias e aos conteúdos lecionados, além da função de preparar os alunos para uma sociedade informatizada. (Lopes, 2004)
Integrar os conteúdos da proposta curricular à tecnologia otimiza o tempo do professor. Utilizar modelos educacionais que podem se adequar a qualquer conteúdo é uma forma.
Leane Spies
cursando mestrado em Ciência e Tecnologia, na UTFPR
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